4 de nov. de 2009

Zombieland

Terror e Comédia são provavelmente os gêneros de filmes mais objetivos; enquanto o primeiro deve fazer você se encolher na poltrona de medo, o segundo deve fazer você relaxar de tanto rir. Já quando alguém resolve colocar terror e comédia juntos, surge um dos sub-gêneros mais imprevisíveis - e essa é a razão por que filmes como Um Lobisomem Americano em Londres ganha milhares de fãs ao mesmo tempo em que passa despercebido por outras audiências.

E o que é mais apropriado para trabalhar terror e comédia juntos do que um filme cheio de zumbis? Essa é a proposta de Zombieland, que estréia no Brasil em dezembro. O filme, estrelado por Woody Harrelson, Jesse Eisenberg e a pequena miss-sunshine Abigail Breslin, é uma comédia ensanguentada onde os zumbis tomam o centro do palco.

A história gira em torno de dois sobreviventes em uma Terra pós-apocaliptica dominada por zumbis: o neurótico Columbus (Eisenberg) e o complexado matador de zumbis Tallahasse (Harrelson). Os dois se tornam parceiros de viagem enquanto dirigem por uma América devastada e infestada de mortos vivos. Columbos só quer ir para casa, enquanto Tallahasse apenas quer se divertir matando zumbis e tentando encontrar os últimos doces Twinkie. Ao longo da aventura, eles encontram as também sobreviventes Little Rock (Breslin) e Wichita (Emma Stone), duas irmãs a caminho de um parque de diversões que supostamente é um dos últimos lugares livre de zumbis.

Zombieland estreiou nos Estados Unidos no começo de outubro e já arrecadou até agora mais de $71 milhões (uma incrível marca para um filme do gênero), além de ter recebido excelentes críticas. O consenso geral é que apesar de ser um filme superficial, Zombieland é muito divertido. Talvez seja a resposta americana para Shaun of the Dead, ótimo filme inglês de comédia-terror onde os zumbis também são o centro da trama.

Trailer:

2 de nov. de 2009

This Is It... O espetáculo que nunca aconteceu

Confesso que eu estava relutante em assistir ao documentário This Is It nos cinemas. Não por duvidar da sua qualidade, longe disso! Mas por achar que talvez eu não conseguiria conter o famoso cisco no olho. E olha que eu não sou uma pessoa de chorar em filmes - acho que a única vez que chorei no cinema foi ao assistir O Rei Leão quando criança.

Mas com This Is It eu tinha certeza que iria acabar cedendo, afinal (e quem me conhece sabe disso) sou fã de Michael Jackson desde que me conheço por gente. Lembro de ter ficado hipnotizado, aos oito anos de idade, vendo pela tv aquele artista se mover como um desenho animado em cima do palco, em sua apresentação no Morumbi. "Quero ser amigo dele!" era meu desejo na época.

Minha admiração por suas músicas e vídeos só aumentou no decorrer dos anos, pois nunca me importei com o que a mídia dizia sobre ele. Além de nunca duvidar da sua inocência, eu sempre procurei me concentrar no artista. Me subia o sangue toda vez que o criticavam, principalmente pela aparência. Tudo bem, Michael exagerou em seu rosto e tinha alguns comportamentos excêntricos... mas nunca devemos julgar um livro pela capa. E era justamente isso o que faziam com ele.

O que me consola é ter a certeza de que Michael sabia que seus fãs sempre estiveram do seu lado. Os fãs de verdade, aqueles que enxergavam o artista além do que era publicado nas páginas de Contigos e UOLs da vida. Bom, mas isso é um desabafo para outra ocasião... Vamos voltar ao documentário:

This Is It foi concebido em torno de imagens captadas durante os ensaios da série de 50 shows que Michael faria em Londres - todos eles com ingressos esgotados. Logo no início do filme uma mensagem nos avisa: "este é um documentário feito para os fãs". O que se segue são cenas que não apresentam nada de muito novo aos fãs, pois mostram toda a genialidade, o talento indiscutível e a bondade de Michael Jackson... características que todos os fãs já conheciam.

O que This Is It proporciona de diferente, isso sim, é um olhar mais cru nos processos de concepção de um espetáculo de Michael Jackson. E Michael está presente em todos esses momentos - participa da seleção dos dançarinos, da marcação do palco, da escolha dos efeitos especiais, da criação das coreografias e, em alguns momentos, chega a usar a própria voz para mostrar aos músicos as notas que devem ser atingidas com os instrumentos musicais.

As cenas mostram também um artista extremamente educado, simples e preocupado com a mensagem a ser transmitida ao público; preocupado também com o futuro do planeta, da natureza e dos animais - características essas, aliás, que sempre estiveram presentes em suas obras.

Completamente musical, This Is It traz suas principais canções: Black and White, Beat it, Billie Jean, Earth Song, Man In The Mirror, Smooth Criminal, They Don't Care About Us, entre tantas outras. Isso faz com que tanto os fãs de sempre como os mais novos se epolguem e se emocionem com as cenas.

This Is It é um breve olhar naquele que seria o espetáculo mais grandioso que o planeta conheceria. Cheio de efeitos especiais inovadores, telões gigantescos e imagens em terceira dimensão, essa série de shows seria o retorno triunfal daquele que foi sem sombra de dúvidas o maior entertainer que o mundo já viu. Mas, acima de tudo, This Is It é uma última oportunidade para os fãs se despedirem do Rei do Pop.

Ah, e o cisco no olho é inevitável, assim como a salva de palmas ao final da sessão.

Abaixo, o trailer: