16 de out. de 2009

Para Tarantino, as mulheres comandam!

Que Quentin Tarantino cultiva um pequeno fetiche por pés femininos todo mundo já sabe - basta reparar nos closes que o diretor costuma dar nos pés das atrizes principais dos seus filmes. Mas além disso, e do estilo sanguinário que carrega, Tarantino também é famoso por nos apresentar mulheres fortes e decisivas. Segue abaixo uma pequena listas dos seus filmes que possuem as personagens mais marcantes:


Pulp Fiction (1994) - dialogos rápidos, referências da cultura pop e gangsters que não param de falar apenas para ouvirem eles mesmo falando. Mas é Mia Wallace (Uma Thurman) quem rouba a cena. Leve-a a um bar e você pode acabar vencendo um concurso de dança. Ofereça droga a ela e verá o que é voltar à vida com uma injeção de adrenalina direto no coração.

Jackie Brown (1997) - encare a realidade: Jackie Brown (Pam Grier) é uma mulher muito esperta. Ela enxerga através das situações. Você até pode tentar bancar o cara durão, senhor Ando-Com-Um-Revólver, mas acabará ferrado do mesmo jeito.

Kill Bill (2003/04) - experimente fazer algum mal à Beatrix Kiddo (Uma Thurman)... Quando a hora chegar ela terá sua vingança (com muito sangue). Principalmente se tiver sido treinada por um mestre ninja barbudo.

Bastardos Inglórios (2009) - apesar de toda aliança e planejamento, os homens estregam tudo. Isso mostra porque Shosanna (Mélanie Laurent) decidiu agir por conta própria. Ah, e o sotaque lastimável do Brad Pitt só ajuda a atrapalhar ainda mais as intenções dela.


Quentin Tarantino possui ainda em seu currículo os ótimos
Cães de Aluguel (roteiro e direção), Death Proof (roteiro e direção), Um Drink no Inferno (roteiro) e Sin City (direção). Apesar da aura cult-independente, seus filmes sempre atraem figurões como George Clooney, John Travolta, Bruce Willis e Samuel L. Jackson.

13 de out. de 2009

Hal está no inferno

Hal Hetner (Reece Thompson) é um garoto esperto e perceptivo. Mas devido à sua gagueira ele é sempre paralizado por neuroses e ataques de pânico. A simples tarefa de pedir por uma pizza no refeitório da escola, ao invés de carne moída, é um tormento para ele.

Acrescente a esses problemas um irmão maldoso, a recente separação dos pais e o fato da mãe estar namorando o pai de um amigo seu cujo humor não é nada peculiar.
Sem poder contar com o suporte da família, Hal recebe os piores conselhos do psicólogo da escola: "volte para onde estava antes de ter tentado exceder suas expectativas".

Mas a verdadeira jornada de Hal ao inferno começa quando ele entra para o time de debates da escola... por causa de uma garota. Mais especificadamente, ele entra para o time devido à Ginny Ryerson (Anna Kendrick), aluna popular e uma expert em debates que recruta Hal com a teoria de que "as pessoas deformadas são as melhores. Talvez porque elas possuem uma fonte profunda de ódio" - referindo-se à gagueira de Hal. É fácil perceber, no entanto, que a razão da atração de Hal por Ginny é pelo fato de nenhuma garota como ela jamais ter dado tanta atenção à ele.

O que se segue em Rocket Science (2007) são acontecimentos que vão mudar a forma como Hal responde ao mundo - desde explosões de raiva que terminam com um violoncelo arremessado contra uma janela à tentativa de participar de um debate cantando (por causa da gagueira).

O diretor/roteirista
Jeffrey Blitz consegue ótimas atuações de todos no elenco, fazendo de Rocket Science o tipo de filme que raramente se encontra por aí. Produzido pela HBO, cujo histórico é repleto de ótimos filmes, o longa abre nossos olhos para as inúmeras formas da vitória.

Hal acaba não se dando tão bem nos debates. Mas ele com certeza se torna um 'vencedor' em inúmeros outros aspectos. Afinal, ganhar um concurso de debates é mesmo importante? É assim que Hal amadurece. E é assim que muitos outros filmes voltados para os adolescentes deveriam ser.