25 de abr. de 2009

Tv paga - repetição, repetição, repetição, r....

Quando você contrata um serviço de tv por assinatura, o está fazendo na esperança de ter em mãos uma grande variedade de canais e de programação, certo?. Espera que, além de poder acompanhar os jogos que a Globo não transmite no horário da novela, possa se dar ao luxo de escolher um entre os milhares de filmes que estarão passando, não é mesmo?

É, teoricamente deveria ser assim...
Outro dia estava eu zapeando pelos canais à procura de algo para assistir e, para minha surpresa - não querendo dizer revolta - três canais estavam passando o mesmo filme: Velozes e Furiosos. Tudo bem que o quarto volume da franquia está quebrando tudo nos cinemas, mas não seria isso uma falta de respeito ao assinante?! Principalmente pelo fato da maioria desses canais pertecerem ao mesmo grupo?

E isso não é um fato isolado. Quantas vezes vocês já não viram Identidade Bourne esse ano - ou qualquer outro dos filmes Bourne - na tv paga? Passa praticamente toda semana, ninguém aguenta mais. Sem contar a repetição de programação de canais que se dizem premium, como a rede Telecine e HBO. Canais esses bem caros, aliás.

Eu já perdi a conta de quantos emails mandei para esses canais reclamando da repetição de suas programações - e não quero entrar na discussão das legendas mal feitas - mas nunca recebi uma única resposta que não sejam aquelas automáticas - 'obrigado por entrar em contato, sua opinão é muito importante para nós'. Tá bom, ahã... Será que sou o único indignado com isso? Espero que não.

A tv por assinatura no Brasil é absurdamente cara em comparação com outros países, incluindo os da América Latina, e mesmo assim nossa grade de canais é bem menor. Só isso já seria motivo de revolta. Mas ainda assim conseguem piorar a situação oferecendo uma programação que mais parece repetição.

Se você é mais um dos indignados com a programação da tv por assinatura, junte-se a mim e revele seu descontentamento com os canais. Abaixo segue os links para você entrar em contato com alguns dos campeões de reprise (os outros deixo com você):


HBO Brasil - Telecine - Universal Channel - AXN - TNT

Se o link não lhe direcionar para a página de contato, procure pelo "fale conosco", que geralmente fica escondido nos cantinhos inferiores ou superiores dos sites. Tem hora que cansa ser feito de bobo...

24 de abr. de 2009

TERRA

De todos os planetas que conhecemos no universo, apenas um é capaz de abrigar vida. E este planeta se chama Terra.

Os produtores da
Disney, BBC, Greenlight e Discovery Channel juntaram forças e, durante um ano, acompanharam a vida de animais que compartilham o planeta conosco, em suas jornadas pela sobrevivência. O resultado é uma coleção de belas imagens em alta definição que formam um dos mais espetaculares documentários já produzidos, lançado esta semana nos cinemas do mundo todo, justamente na data que comemora o Dia da Terra.

Confira abaixo o trailer, em alta definição, desta obra prima:
Disneynature Earth Trailer HD


Terra (Earth) também já estreiou nos cinemas brasileiros - este sim é um filme que vale a pena prestigiar.


O Planeta Terra é tão nosso quanto deles, e a vida deles merece tanto respeito quanto a nossa.

Will Smith vs Will Smith

O post anterior, sobre os rappers que viraram atores, me deu a idéia de escrever este, sobre a variada (e bem sucedida) carreira de um deles.

O último filme que Will Smith estrelou em 2008 foi Sete Vidas (Seven Pounds)... e foi dirigido por Gabriele Muccino (Em Busca da Felicidade)... e é um daqueles dramas bem arrastados - mas ainda assim bom. No filme, Smith interpreta um cara que se sente culpado por vários erros que cometou ao longo dos anos, e então decide ajudar a mudar a vida de sete pessoas desconhecidas. Com isso, ele acaba se apaixonando por uma dessas pessoas, interpretada pela atriz Rosario Dawson. É praticamente um filme sobre ajudar ao próximo estrelado por um dos atores mais disputados do cinema atual.

Porém, antes de
Sete Vidas, nosso grande Will já havia lotado as salas de cinema em 2008 interpretando um superherói na aventura de ação Hancock. Uma breve olhada nesses dois filmes basta para vermos que se trata de dois gêneros totalmente diferentes: um blockbuster de ação e um drama parado. E o ator garantiu uma bilheteria excelente para ambos.

Mas afinal, as pessoas preferem assistir Will Smith chutando traseiros em produções cheias de efeitos especiais, ou preferem gastar dinheiro para ver seu lado dramático e indicado-ao-Oscar? Ou ainda mesmo assistí-lo em comédias leves à lá Hitch, Conselheiro Amoroso? Para saber a resposta vamos dar uma olhada nos principais filmes do ator - em cada gênero - e a resposta que eles tiveram nas bilheterias mundiais.

Will Smith que faz a gente rir:

Hitch - Conselheiro Amoroso
(2005): $368,100,420
MIB - Homens de Preto
(1997): $589,390,539
Hancock (2008): $624,400,000
Bilheteria total: $1,581,890,959

Will Smith visando o Oscar:

Ali
(2001): $87,713,825
À Procura da Felicidade
(2007): $307,077,295
Sete Vidas
(2008): $168,482,448
Bilheteria total: $563,273,568


Will Smith chutador de traseiros:

Bad Boys 2
(2003): $273,339,556
Eu, Robô
(2004): $347,234,916
Eu Sou A Lenda
(2007): $585,349,010
Bilheteria total: $1,205,923,482

Com isso o veredicto é de que o
Will Smith cômico atrai mais pessoas aos cinemas, seguido dos seus filmes de ação e, por último, os dramáticos. Mas curiosidades a parte, o fato é que a simples presença do ator em um filme é o suficiente para fazê-lo um sucesso de bilheteria - nada mal para alguém que era conhecido apenas como o Fresh Prince of Bel-Air (Um Maluco no Pedaço).

E para acabar no clima do post sobre os rappers atores, que tal curtir mais uma música dele, Will Smith? Dessa vez The Black Suits Coming (Nod Ya Head), de MIB 2:

Men In Black II " Black Suits Coming "


Fonte: Box Office Mojo

23 de abr. de 2009

Quando astros do Rap viram astros do Cinema

Eu estava assistindo O Procurado (Wanted) pela enésima vez no Cine Sky - não me canso de ver a Angelina Jolie dirigindo aqueles carrões - quando me dei conta de que o Common (que interpreta Gunsmith) faz parte de uma turma que não é de atores legítimos, mas que estão mandando muito bem nos filmes: os rappers.

O que faz um produtor escalar uma estrela do rap para seu filme? Bom, além da possível audiência que irá ao cinema para assistí-lo, os rappers geralmente possuem grande presença de palco, e esse tipo de personalidade se encaixa muito bem nas telas. Abaixo cinco rappers que se deram muito bem no cinema.


1. Will Smith

O rapper estrelava a série de tv The Fresh Prince of Bel-Air (Um Maluco no Pedaço) antes de fazer filmes como Bad Boys (1995), Independence Day (1996) e MIB (1997). Desde então, Will tem estrelado um sucesso atrás do outro e, juntamente com sua mulher, Jada Pinket-Smith, se tornou parte da realeza de Hollywood. Seu último filme foi Sete Vidas (Seven Pounds), de 2007. Ele ainda canta as canções tema de MIB, MIB 2 e As Loucas Aventuras de James West.


2. Queen Latifah

A rapper debutou nos cinemas no filme Jungle Fever, de 1991, e mandou muito bem em Living Out Loud (um ótimo e pouco conhecido filme). Mas o papel que confirmou sua carreira de atriz foi de Matron Mama Morton em Chicaco, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Quadjuvante. Desde então ela tem feito diversos filmes, incluindo a refilmagem do musical Hairspray, de 2007 - Latifah possui uma voz incrível.


3. Ice-Cube

Desde a sua estréia no aclamado filme Os Donos da Rua (Boyz n the Hood, 1991), Ice Cube não ficou mais longe dos cinemas. O rapper participou de vários outros filmes (alguém se lembra de Anaconda?) antes de conseguir um novo papel sólido em Três Reis (Three Kings, 1999), também estrelado pelo projeto-de-rapper-Marky-Marky, hoje Mark Wahlberg, e George Clooney. Em 2002 ele participou de outro bom filme, Barbershop; e em 2005 no péssimo xXx Estado de Emergência (xXx State of Union).


4. Ja Rule

Velozes e Furiosos pode não ser um ótimo filme, mas foi o responsável por realmente fazer o rapper Ja Rule ser notado como ator. Desde então, apesar de não ser um expert em interpretação, ele pode ser visto em vários filmes como Todo Mundo em Pânico 3 (Scary Movie 3, 2003), Dança Comigo (Shall We Dance, 2004), Parceiros do Crime (Back in the Day, 2005) e A Fornalha (Furnace, 2006).


5. Eminem

O rapper branco irritadinho favorito dos americanos, transferiu seu talento em criar rimas polêmicas para o cinema com o elogiado 8 Mile (2002), um filme que se mostrou bem melhor do que muitos esperavam. Agora, se Eminem é capaz de interpretar personagens diferentes dele mesmo, o mundo pode nunca descobrir - ele não estrelou nenhum filme depois de 8 Mile.


Ainda podem ser citados os rappers Curtis '50 Cent' Jackson (Get Rich or Die Tryin', 2005) e Eve (Barbershop, 2002).

Antes que algum fã do Outkast proteste: eles fazem hip-hop, e não rap; e Andre Bejamin, ou 3000, particularmente, se mostrou um excelente ator em Be Cool - O Outro Nome do Jogo.


Abaixo Will Smith cantando a música tema do fime MIB: Homens de Preto:

men in black music video

22 de abr. de 2009

Quando os Gremlins invadem seu DVR

O que aconteceria se, de alguma maneira, os Gremlins encontrassem uma maneira de invadir o seu receptor 'DVR' de tv (aqueles capazes de gravar conteúdo), mexessem em tudo e alterassem os filmes? É o que propões um fã-vídeo criado pelo americano Sacha Feiner, que presta uma homenagem à cena alternativa que vinha no VHS de Gremilins 2, onde os monstrinhos invadiam um filme de John Wayne. Alguns dos filmes invadidos são Batman, O Exorcista, Indiana Jones e Os Goonies. Muito divertido.

Para lembrar as barbáries do nazismo

Acontece essa semana em Israel os atos comemorativos do Iom HaShoá (Dia da Lembrança dos Mártires e Heróis do Holocausto), dedicado este ano às crianças que foram assassinadas pelos nazistas e por seus aliados. Os horrores do nazismo já foram abordados em diversos filmes, o que me deu a idéia de listar cinco dos que mais gostei para que possamos lembrar as barbáries do nazismo:


1. A Lista de Schindler
(Schindler's List, 1993):
Dirigido por Steven Spielberg, relata a história de Oskar Schindler, homem que salvou a vida de mais de mil judeus durante o holocausto. O título refere-se à lista de 1.200 judeus que Schindler contratou para trabalhar na sua fábrica, tirando-os dos campos de concentração nazista.


2. A Queda - As Últimas Horas de Hitler
(Der Utergang, 2004):
Filme alemão que relata, de maneira muito realista, os dias finais de Adolf Hitler e da Alemanha Nazista, em 1945. O filme foi escrito por Bernd Eichinger e dirigido por Oliver Hirschbiegel. É baseado no livro epônimo do historiador Joachim Fest sobre os dias finais de Hitler, pedaços da autobiografia de Albert Speer, e memórias de Traudl Junge, secretaria de Adolf Hitler.


3. O Pianista
(The Pianist, 2002):
Dirigido por Roman Polanski e com roteiro baseado em obra autobiográfica de Wladyslaw Szpilman, sobre a sua experiência como sobrevivente da perseguição nazista e seu dia-a-dia nos campos de concentração. No papel do escritor está Adrien Brody.


4. Marcas da Guerra
(Fateless, 2005):
O filme conta a história do jovem húngaro Gyorgy Koves, de 14 anos, que cresce no campo de concentração Buchenwald, durante a II Guerra Mundial.


5. Olga
(2004):
Filme brasileiro realizado em 2004 pelo diretor Jayme Monjardim, inspirado na biografia escrita por Fernando Morais sobre a alemã, judia e comunista Olga Benário Prestes. No filme, estrelam Camila Morgado como a protagonista, Caco Ciocler como Luís Carlos Prestes e Fernanda Montenegro como Dona Leocádia Prestes, mãe de Luís Carlos Prestes.


Ainda este ano estréia outro filme inspirado no nazismo. Trata-se de Inglorious Basterds, de Quentin Tarantino, com data prevista para 23 de outubro. O longa é estrelado por Brad Pitt, Samuel L. Jackson e Mike Myers.

21 de abr. de 2009

Hollywood, o maior vilão

O site Horror Movies CA abriu uma discussão. Seria Hollywood hoje um vilão mais temido do que os personagens que ajudou a criar? Segundo o site sim - é o brutamontes que anulou Jason Voorhees; o monstro que assassinou Michael Myers; o leviano que brincou com Thomas 'Leatherface' Hewitt; e o demônio que, até este momento, pretende acabar com nosso velho Freddy Krueger.

Este é o pensamento do site e da maioria dos fãs de filmes de terror - e eu estou no meio deles - em decorrência da enorme quantidade de refilmagens que estão ocorrendo. Ou seria melhor dizer reinvenções? Já ganharam nova roupagem os clássicos Psicose, O Massacre da Serra Elétrica, Amityville, A Profecia, Halloween e Sexta-Feira 13. E já estão em andamento A Hora do Pesadelo, Poltergeist e um possível novo Cemitério Maldito.


Quem assistiu a alguns desses remakes deve entender a razão de tanta preocupação. Começaram mostrando um Thomas Hewitt emotivo, depois nos obrigaram a ver o Jason correndo. E agora somem com o Robert Englund. Só faltam me dizer que o Freddy não usará mais a famosa camiseta listrada...


De alguns anos para cá as histórias de terror começaram a ser redesenhadas (com sangue, claro) e a maioria dos fãs, pelo menos aqueles que se consideram verdadeiros fãs, têm se posicionado contra Hollywood e produtoras como a Platinum Dunes*, responsável pela maioria dos recentes remakes. Como você se atreve, Michael Bay*, com todo o dinheiro que você já ganhou com Transformers (adorei o filme, aliás), invadir nosso nicho e jogar os vilões da nossa infância à massa da população? - indaga um dos autores do site.

Mas por que será que os fãs ficam tão irritados quando vêem seus clássicos do terror sendo refilmados? Será porque esses filmes marcaram um período de suas vidas? Eu não aceitei a refilmagem de Halloween porque ele já era uma obra de terror perfeita, e um modelo para qualquer iniciante que quisesse criar um grande filme com pouco dinheiro? Acho que não é bem isso...


Eu, como fã de filmes de terror, me mostro também bem receoso quando se trata dessas refilmagens. Talvez seja porque este gênero tem menos admiradores do que os filmes de ação, comédia ou romance. Mas por outro lado também acho que pode ser exagero da nossa parte. Não é justo pensar que toda vez que anunciam uma refilmagem vão estragar tudo ou apenas ganhar mais dinheiro.

Se eu não gostar da refilmagem posso muito bem voltar para casa e assistir ao original. Ninguém disse que preciso aceiter a refilmagem como a versão definitiva da história. Eu mesmo assisti a todas essas refilmagens, sem me preocupar muito com as alterações nas histórias. Gostei de todas essas elas? Definitivamente NÃO! Quem aprovou aquele remake de Amityville, aliás? Mas admito que fiquei bastante feliz com a maioria dos remakes da Platinum Dunes. Bem, O Massacre da Serra Elétrica: O Início realmente não conta...

Os filmes de terror do passado serão insubstituíveis, meus amigos. Podem até pensar um dia em refilmar Hellraiser com o Will Smith e a Angelina Jolie, mas nunca irão conseguir causar a mesma impressão que Bratt Ratner causou na pele do Pinhead. Estou tranquilo com Hollywood trazendo de volta todos esses clássicos do terror. Estarei lá para conferir. Não posso prometer que irei bater palmas mas, ei, somos fãs de filmes de terror e estamos sempre de braços abertos para novos sustos. E quem sabe eles consigam incentivar este gênero que necessita tanto de idéias inovadoras.

*Michael Bay é o proprietário da Platinum Dunes, produtora responsável pelos remakes de O Massacre da Serra Elétrica, Terror em Amityville, Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo. O produtor/diretor também tem em seu currículo filmes como Transformers, Pearl Harbor, Armagedon, Bad Boys, Show Bar e A Ilha.

20 de abr. de 2009

Cenas Clássicas... #2

O Iluminado (The Shining) é um livro de Stephen King, lançado em 1977, cujo título foi inspirado na música "Instant Karma", de John Lennon - onde em uma das estrofes o cantor afirma que "todos nós somos iluminados...". O livro deu origem ao filme de mesmo nome, dirigido por Stanley Kubrick, em 1980. E é este que nos interessa aqui.

A história começa quando a família Torrence se muda para um gigantesco hotel, contratados para tomar conta do local, que fica fechado durantes meses no inverno. O patriarca, Jack Torrance (Jack Nicholson), aos poucos começa a sofrer com o período de enclausuramento e a solidão (são os únicos no hotel), tornando-se violento com seu filho, Danny (Danny Lloyd), e sua esposa Wendy (Shelley Duvall). Danny, aliás, possui dons especiais - é um
iluminado - e começa a ter visões assustadoras envolvendo espíritos que habitam o lugar. Quando essas entidades começam a interferir na depressão de Jack, tudo começa a piorar.

A cena clássica
do filme é aquela em que Jack, tentanto arrebentar uma porta com golpes de machado, diz a famosa frase
"Here's Johnny" (Aqui está o Johnny!). Clique no player abaixo para assistir:



Para poder criar um clima sombrio - o que faz excepcionalmente bem - Stanley Kubrick explora mais aquilo que o espectador
não vê nas cenas, principalmente quando Danny percorre os corredores do hotel com seu pequeno triciclo. Uma dessas cenas é considerada por muitos como uma das mais assustadoras da história do cinema - achei então que seria válido postá-la aqui também:



Jack Nicholson disse uma vez que nunca mais conseguiu se livrar inteiramente do personagem. Nós também não, Jack. Nós também não.