23 de out. de 2009

Dica de documentário: Boy Interrupted

Boy Interrupted (HBO Films, 2008) é um documentário que levanta questões. Por que Evan Scott Perry, um garoto de 15 anos, decidiu cometer suicídio? Por que ninguém conseguiu ajudá-lo a tempo?

O filme procura encontrar as respostas ao mostrar a vida que Evan levava, através da edição de imagens reais captadas pela câmera da família, desde o nascimento até poucos dias antes de sua morte. É um documentário perturbador, produzido pelos próprios pais, cineastas, que nos mostra o jovem em momentos íntimos e em sua luta contra o transtorno bipolar depressivo.

Mas o que leva uma mãe a fazer um documentário sobre a morte do próprio filho? Não sei, mas Boy Interrupted se mostra um documentário único, cujo processo de filmagem parece causar um sentimento de desespero tanto para a família quanto para o telespectador.

Danna Perry juntou inúmeras filmagens, fotografias e depoimentos de pessoas próximas para contar a história do filho, Evan: sua depressão, sua vida e sua morte, e o impacto dela na vida das pessoas que o amavam.

As imagens caseiras nos proporcionam momentos de reflexão e revelações, além de angústia. É uma história essencialmente humana, mais comum do que gostaríamos, e provavelmente o pior pesadelo de uma mãe ou de um pai.

Boy Interrupted está em cartaz na HBO e HBO2. Clique aqui para conferir as próximas exibições.

21 de out. de 2009

Um grande filme sueco

Muitos bons filmes europeus acabam passando despercebidos no Brasil, principalmente pelo fato do público brasileiro ainda ser muito bitolado apenas com os filmes norte-americanos... Infelizmente, uma vez que milhões gastos em efeitos especiais e atores famosos não são garantia de uma boa história.

Porém, ainda existem algumas boas (mas poucas) locadoras de vídeos cujos acervos ainda prezam também pelo bom gosto e alguns canais de tv (esses bem poucos) que às vezes nos contemplam com uma seleção de filmes interessantes - é possível, e aconselhável, curtir os vários estilos de filmes.

Ontem à noite eu estava zapeando pela tv quando me deparei com Raízes do Mal (Ondskan, Suécia - 2003) começando no canal Maxprime. Resolvi assistir, afinal a sinopse oferecida prometia, dizendo que o filme havia sido indicado a diversos prêmios internacionais.

A trama básica gira em torno de Erik Ponti (Andreas Wilson), um adolescente que sofre agressões físicas do pai e, como consequência, se torna um jovem violento e solitário. Após ser expulso do colégio, devido a uma briga, Erik é mandado pela mãe para uma instituição de ensino tradicional, onde somente os filhos de pessoas ricas e influentes estudam. Antes de partir, porém, ele promete à mãe que irá terminar seus estudos sem se envolver em mais confusões.

Lá, ele cria uma grande amizade com seu colega de quarto, um rapaz totalmente diferente de Erik - principalmente no temperamento. Mas conforme os dias se passam, Erik começa a vivenciar diversas situações de humilhação e injustiças por parte dos alunos mais velhos (monitores) que controlam os mais novos e possuem um código próprio de regras que ultrapassam os limites da ética e do bom senso.

Esses alunos agem de maneira violenta com Erik e seus amigos sem serem reprimidos pelos dirigentes, devido à influencia de suas famílias. Assim, Erik se vê em uma situação difícil: cumprir a promessa feita à mãe ou lutar contra os maus tratos e injustiças.

Raízes do Mal, que nos EUA ganhou o título de Evil, é um filme que nos causa uma certa inquietação desde o começo. Inquietação que vai se transformando em revolta. Em certos momentos dá vontade de pular para dentro da tela e ajudar o protagonista a encher alguns personagens de porrada. Perturbador, o filme conta com uma série de elementos chocantes que nos fazem pensar mas que, ao mesmo tempo, não nos apresenta nada que já não saibamos.

É um retrado de situações que vemos por aí, no nosso dia-a-dia, onde jovens da alta sociedade incendeiam índios Galdinos e, no fim, são protegidos por uma lei falha que se baseia na influência financeira.

O roteirista, Jan Guillou, disse que Raízes do Mal é, basicamente, uma história verdadeira e que Erik Ponti é seu alter ego. Algumas coisas, obviamente, foram acrescentadas para melhorar a trama, mas a violência e o terros psicológico fizeram parte do seu passado real. Aliás, a escola que ele frequentou quando jovem realmente sofreu escandalos sobre violência entre alunos e acabou fechando as portas após um jornal local publicá-los.

Raízes do Mal foi dirigido por Mikael Hafstrom e nomiado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2003, mas o roteirista Guillou não pôde comparecer porque não conseguiu visto para entrar nos Estados Unidos.

Trailer com legendas em inglês:

20 de out. de 2009

Guia de 2010

2010 está chegando... E com ele toda uma nova seleção de prováveis blockbusters. Aliás, 2010 não soa como um ano real, não é mesmo? Dois mil e dez! Parece mais um daqueles anos que vemos nos filmes futuristas da década de 80. Será que estamos chegando no futuro? Mas dessa vez não precisamos da ajuda de nenhum cientista maluco e seu carro com capacitor de fluxo para chegar até lá. Só bastar ter paciência.

Mas como sou impaciente, principalmente quando o assunto é filme, abaixo segue uma pequena lista de grandes blockbusters que nos aguardam em 2010. Preste bastante atenção neles, Marty...

Legion - janeiro
Direção:
Scott Stewart
Elenco:
Paul Bettany, Dennis Quaid, Charles S. Dutton
Em um restaurante na beira da estrada, às vesperas do Apocalipse, um grupo de estranhos sem querer acaba se tornando a última esperança da Terra ao descobrirem que a garçonete está grávida do Messias.

The Wolfman - fevereiro
Direção:
Joe Johnston
Elenco:
Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt
Lawrence (Del Toro) retorna à sua terra natal, onde seu irmão está desaparecido e os moradores estão sendo mortos por uma criatura desconhecida. Isso faz com que ele reencontre o pai (Hopkins) e se aproxime da noiva do irmão. A pior preocupação de Lawrence, no entanto, é a descoberta de um lado animal seu que ele nunca poderia imaginar que existisse...

Shutter Island - fevereiro
Direção:
Martin Scorsese
Elenco:
Leonardo DiCaprio, Emily Mortimer, Mark Ruffalo
Quando um assassino psicótico (Mortimer) desaparece de uma instituição mental na Ilha Shutter, dois oficiais da polícia (DiCaprio e Ruffalo) corre contra o tempo para tentar localizá-lo.

Alice in Wonderland - março
Direção:
Tim Burton
Elenco:
Mia Wasikowska, Johnny Depp
A jovem Alice, agora com 19 anos, retorna ao mundo mágico onde esteve quando criança, reencontrando seus velhos amigos e descobrindo seu destino: acabar com o reino de terror da Rainha de Copas.

Clash of the Titans - março
Direção:
Louis Leterrier
Elenco:
Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes
Em uma adaptação da mitologia grega, Perseus (Worthington), nascido deus e criado como humano, parte em uma jornada épica para combater Hades (Fiennes), antes que este acabe com os poderes de Zeus (Neeson) e espalhe o inferno sobre a Terra.


Iron Man 2 - abril
Direção:
Jon Favreau
Elenco:
Robert Downey Jr., Mickey Rourke, Gwyneth Paltrow
Sinopse pouco conhecida - Seis meses depois do evento do primeiro filme, Tony Stark (Downey Jr.) luta contra os problemas de possuir duas identidades; ao mesmo tempo, ele deve se preparar para uma nova série de ameaças e vilões.


Acho que podemos parar em abril, afinal não quero parecer tão impaciente assim.