De um lado os vampiros que se recusam a beber sangue humano. Do outro, aqueles que não conseguem se controlar quando avistam um pescoço desavisado. Entre esses dois gêneros, uma pergunta: o que os torna tão diferentes?
Foi para satisfazer essa dúvida pessoal que recorri à Freud. Sim, Sigmund, o pai da psicanálise. Como todo publicitário que se preze, já li algumas teorias do estudioso, principalmente para poder entender o comportamento do consumidor, e uma delas parece responder de maneira satisfatória minha dúvida a cerca dos vampiros: as instâncias psíquicas da personalidade. Calma, não tem nada de muito complicado nisso, na verdade é bem simples.
De acordo com Freud, o ser humano possui três entidades psíquicas: o id, o ego e o superego.
O id, segundo ele, é a nossa fonte primitiva, aquela regida pela satisfação do prazer e que age por impulso. Faz com que o homem busque seu prazer e a gratificação imediata sem preocupação com as consequências e a realidade da vida - e o vampiro, antes de ser vampiro, também é ser humano. Fazem parte deste grupo, vampiros como Lestat (Tom Cruise, Entrevista com o Vampiro) e Drácula; assim como os recém transformados, os vampiros que geralmente não conseguem se controlar (talvez nesses o id esteja no centro do comando cerebral).
Mas como o homem é também um ser social (inclusive os vampiros), esses impulsos sofrem restrições da sociedade, fazendo com que outra instância psíquica entre em ação: o ego.
O ego leva em conta as morais da sociedade, servindo como um mediador do id. Se o desejo do vampiro por sangue, por exemplo, exige uma satisfação imediata e animalesca, caberá ao ego controlar esse desejo para uma forma de satisfação tolerada socialmente. Neste caso, o sangue de animais.
Se alimentando de animais, o vampiro estará saciando seus desejos colocando o princípio da moral no lugar do prazer. Louis (Brad Pitt, Entevista com o Vampiro), Edward (Robert Pattinson, Crepúsculo) e Stefan (Paul Wesley, The Vampire Diaries) são alguns dos vampiros regidos pelo ego.
Já o superego é semelhante a um ditador. É aquele que leva as exigências e proibições tão a sério que faz com que a pessoa se sinta culpada por todos os seus desejos, até mesmo aqueles tolerados socialmente. Se um vampiro se deixar levar pelo superego, irá morrer, pois não conseguirá nem mesmo se alimentar de uma pessoa já morta, devido ao sentimento de culpa por estar violando o cadáver. Acho que este é um tipo de vampiro ao qual ainda não fomos apresentados.
Viagem ou não, agora talvez fique mais fácil entender as diversas personalidades dos vampiros que estão invadindo o cinema, a TV e a literatura.
Foi para satisfazer essa dúvida pessoal que recorri à Freud. Sim, Sigmund, o pai da psicanálise. Como todo publicitário que se preze, já li algumas teorias do estudioso, principalmente para poder entender o comportamento do consumidor, e uma delas parece responder de maneira satisfatória minha dúvida a cerca dos vampiros: as instâncias psíquicas da personalidade. Calma, não tem nada de muito complicado nisso, na verdade é bem simples.
De acordo com Freud, o ser humano possui três entidades psíquicas: o id, o ego e o superego.
O id, segundo ele, é a nossa fonte primitiva, aquela regida pela satisfação do prazer e que age por impulso. Faz com que o homem busque seu prazer e a gratificação imediata sem preocupação com as consequências e a realidade da vida - e o vampiro, antes de ser vampiro, também é ser humano. Fazem parte deste grupo, vampiros como Lestat (Tom Cruise, Entrevista com o Vampiro) e Drácula; assim como os recém transformados, os vampiros que geralmente não conseguem se controlar (talvez nesses o id esteja no centro do comando cerebral).
Mas como o homem é também um ser social (inclusive os vampiros), esses impulsos sofrem restrições da sociedade, fazendo com que outra instância psíquica entre em ação: o ego.
O ego leva em conta as morais da sociedade, servindo como um mediador do id. Se o desejo do vampiro por sangue, por exemplo, exige uma satisfação imediata e animalesca, caberá ao ego controlar esse desejo para uma forma de satisfação tolerada socialmente. Neste caso, o sangue de animais.
Se alimentando de animais, o vampiro estará saciando seus desejos colocando o princípio da moral no lugar do prazer. Louis (Brad Pitt, Entevista com o Vampiro), Edward (Robert Pattinson, Crepúsculo) e Stefan (Paul Wesley, The Vampire Diaries) são alguns dos vampiros regidos pelo ego.
Já o superego é semelhante a um ditador. É aquele que leva as exigências e proibições tão a sério que faz com que a pessoa se sinta culpada por todos os seus desejos, até mesmo aqueles tolerados socialmente. Se um vampiro se deixar levar pelo superego, irá morrer, pois não conseguirá nem mesmo se alimentar de uma pessoa já morta, devido ao sentimento de culpa por estar violando o cadáver. Acho que este é um tipo de vampiro ao qual ainda não fomos apresentados.
Viagem ou não, agora talvez fique mais fácil entender as diversas personalidades dos vampiros que estão invadindo o cinema, a TV e a literatura.
Cena de Entrevista com o Vampiro: