Durante esse mesmo período, no entanto, a linguagem cinematográfica passou por uma grande mudança. Desde as novas técnicas de projeção e captação ao uso de imagens computadorizadas, a linguagem do cinema manteve um fluxo veloz de aperfeiçoamento e inovação que a diferencia de qualquer outra forma de arte. A velocidade dessas mudanças só não é maior que o tempo levado para elas serem absorvidas por nós, telespectadores. Aliás, nada mais parece nos surpreender, a ponto de não precisarmos de mais do que segundos para compreendermos as novas linguagens.
Assistindo ao trailer de Avatar, o novo longa de James Cameron, me pus a pensar como é evidente essa evolução das técnicas que compõem a linguagem cinematográfica. Os efeitos visuais são de tal maneira impressionantes que os personagens, mesmo computadorizados, possuem movimentos e características mais do que realistas - mais até do que em Matrix e O Senhor dos Anéis.
Eu imagino um cineasta que viveu por volta de 1910 viajando no tempo e assistindo a um filme como Avatar, nos dias de hoje. Primeiro, ele não entenderia nada. Segundo, ninguém seria capaz de convencê-lo que os dragões e as naves espaciais são de mentira. Sem contar o fato da montagem de hoje seguir um ritmo totalmente diferente daquela época. Em 1910 os filmes ainda eram apenas sequências de tomadas estáticas - como uma peça de teatro. Os acontecimentos eram mostrados em uma sequência sem interrupções, como deveria ser na vida real.
O mais legal de isso tudo é que ainda não atingimos o limite da evolução cinematográfica. As projeções em salas 3D IMAX, por exemplo, estão apenas no início da sua popularização. O futuro do cinema está apenas começando.
Trailer de Avatar:
Para quem se interessa por cinema, vale a pena uma leitura no livro A Linguagem Secreta do Cinema, de Jean-Claude Carrière (Editora Nova Fronteira).
2 comentários:
Muito bem pensado este post, é claro que o cinema evoluiu bastante de forma a adaptar-se a nós uma coisa curiosa foi o facto do cinema deixar de ser a preto e branco e passar a ser a cores, no entanto Schindler's list "apenas" é uma obra-prima porque foi captada no preto e branco e toda a sua essência resplandesceu dessa maneira...
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
Puxa, belo post!
Realmente, acompanhamos não só uma evolução no âmbito cinematográfico, mas o mundo em si reflete uma euforia da modernidade, ficamos espantados com o ápice do tecnológico envolvendo tudo. O cinema seria a consequência?
Ah, James Cameron volta à luz e ativa, depois de anos sumido, hein? Fico no aguardo!
Abraço, apareça!
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