
Essas mesmas pessoas, porém, nunca pararam para refletir sobre a palavra que sempre aparece nos trailers, nos cartazes e no começo desses filmes: baseado.
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra baseado possui duas interpretações:
1. firmado sobre a base, fundado, fundamentado;
2. cigarro de machonha.
É claro que para a gente a primeira definição é a que serve, ou seja, baseado é aquilo montado em cima de algo pré-existente. Um objeto transformado.
Quando um autor começa a desenvolver um livro, ele tem a possibilidade de escrever quantas páginas desejar. Pode descrever os cenários, os personagens e seus sentimentos de maneira detalhada. Não há limites para sua imaginação.
Em um filme não é bem assim. O tempo corre contra o roteirista e o diretor. Ambos precisam apresentar tudo de maneira rápida e condensada para o público.
Outro fato que devemos observar é que um livro geralmente possui enredos secundários dentro da história principal. São personagens e pequenos acontecimentos que surgem e depois deseparacem de maneira sutil. Ao adptar um livro para o cinema o roteirista deve se concentrar na história central, eliminando assim alguns dos personagens e acontecimentos secundários sem que o argumento principal seja comprometido. É impossível, e financeiramente inviável para as distribuidoras, que o filme seja idêntico ao livro. Seriam necessárias horas e horas de exibição. Talvez dias no caso de filmes como O Senhor dos Anéis, cujo enredo é tão extenso quanto a Bíblia.
Também é importante salientar a questão da interpretação. Cada pessoa interpreta um livro da sua maneira. Não me refiro ao argumento, mas sim à questões como os personagens, os cenários, etc. A minha visão do livro vai ser diferente da sua, que vai ser diferente da visão do escritor.
O filme é a visão de várias pessoas, somadas em uma mesma obra. O roteirista vai adaptar o texto de acordo com o que ele imaginou. O diretor, por sua vez, vai coordenar os atores e câmeras para que façam aquilo que ele tem e mente. E os atores vão tabalhar os personagens do jeito que eles entenderam. Por isso, muitas vezes saímos de uma sessão decepcionados com nosso personagem preferido, por exemplo.
A maior diferença entre livro e filme, porém, reside no fato de serem duas linguagem totalmente diferentes. Enquanto livro é linguagem escrita, filme é linguagem visual e falada. A história, por sua vez, é o objeto que foi transfigurado. Passou de linguagem literária para linguagem cinematográfica. E todo processo de transfiguração já é em si uma alteração. Livro e filme, portanto, são obras diferentes.
Da próxima vez que for assistir a um filme baseado em um livro que você já leu, entre na sessão despreocupado com a história do livro. Limpe sua mente e encare o filme como uma história nova. Se você ficar o tempo todo procurando as diferenças entre livro e filme, certamente vai sair bravo com o diretor. Mas se você lembrar que cada obra possui suas características próprias, vai curtir o filme muito mais.
No final, você pode até dizer que achou o livro melhor, mas nunca exigir que as obras sejam idênticas.
Em um filme não é bem assim. O tempo corre contra o roteirista e o diretor. Ambos precisam apresentar tudo de maneira rápida e condensada para o público.

Também é importante salientar a questão da interpretação. Cada pessoa interpreta um livro da sua maneira. Não me refiro ao argumento, mas sim à questões como os personagens, os cenários, etc. A minha visão do livro vai ser diferente da sua, que vai ser diferente da visão do escritor.
O filme é a visão de várias pessoas, somadas em uma mesma obra. O roteirista vai adaptar o texto de acordo com o que ele imaginou. O diretor, por sua vez, vai coordenar os atores e câmeras para que façam aquilo que ele tem e mente. E os atores vão tabalhar os personagens do jeito que eles entenderam. Por isso, muitas vezes saímos de uma sessão decepcionados com nosso personagem preferido, por exemplo.

Da próxima vez que for assistir a um filme baseado em um livro que você já leu, entre na sessão despreocupado com a história do livro. Limpe sua mente e encare o filme como uma história nova. Se você ficar o tempo todo procurando as diferenças entre livro e filme, certamente vai sair bravo com o diretor. Mas se você lembrar que cada obra possui suas características próprias, vai curtir o filme muito mais.
No final, você pode até dizer que achou o livro melhor, mas nunca exigir que as obras sejam idênticas.
(Mareecota, Ruthizinha, parceiras de mono, contribuiram com esse texto!)
2 comentários:
caro breno, a questão é a seguinte:
após delimitar o objeto, tecer considerações, justificativas e outras COISAS, só posso dizer que, se formos pensar bem, quando temos um frame de uma mesa, mesmo que não haja ação ou demonstração de tempo percorrido, a cena em si enuncia "aqui temos uma mesa".
a semiótica é clara. principalmente quando no final do filme os personagens ficam nivelados, um ao lado do outro.
beijo, brenudooo!
saudades, menino moderninho! :*
ps:
fafafa-fa!
neeeem o sooool, neeeem o maaar!
eu tinha uma bara-ta!
é vc tem toda razao, sempre saio decepcionada dos filmes baseados em livros q assisto. Os livros sao sempre melhores q suas adaptacoes, tirando a adaptacao de O Senhor dos aneis...q foi inesquecivel.Ah, e na maioria das vezes imaginamos o personagem de um jeito e o filme mostra outro...beijocas breninho!!!!nadia
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